sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Viagem Literária recebeu Beth Ziani



“Leitura não é só ler, interpretar o texto. É algo muito mais amplo”. Foi com esta frase que a escritora Beth Ziani iniciou sua participação no Programa Viagem Literária, que aconteceu no último dia 11, na Biblioteca Municipal Poeta Paulo Bomfim, no Centro Histórico.

“Podemos estimular os jovens a ter uma perspectiva de vida, buscar um significado para suas vidas através da Literatura. Ela impulsiona a educação, a identidade local”, completa Beth Ziani. Segundo ela, a contação de histórias e a literatura podem produzir transformações efetivas e sociais.

Na primeira parte da apresentação a autora mostrou seu recente livro: Sequência, que fala sobre duas meninas que moraram boa parte de suas vidas em um abrigo e também nas ruas. O livro tem o manuscrito delas. “Foram dois anos de trabalho com o objetivo de escrever sobre a vida das meninas Maria e Alice. Precisamos conscientizar a população e o poder público quanto a este tema”, explica.

De acordo com Beth, a tentativa é fazer as pessoas olharem diferente para esta realidade de meninos de rua. “Lá não tem só menores maus, que roubam ou usam drogas. Lá tem sim crianças que precisam de carinho, de família”. A plateia participou bastante com perguntas à autora sobre as condições dos abrigos e sobre o que é mostrado no livro.

Beth tem uma maneira diferenciada de contar histórias e interpretar textos deste escritor. Através de fotos do sertão e painéis bordados, ela narra a vida deste famoso autor brasileiro. “Minha parte é mais ligada à literatura. Interpreto e gosto muito de Guimarães Rosa. Ele foi um escritor que trouxe a realidade do sertão e colocou os personagens nela”.

Os participantes viram fotos do contexto de Guimarães Rosa, a vida do sertão e do sertanejo, e escolheram algumas para falar sobre suas impressões. “A referência de memória e cultura vai se modificando, mas algumas imagens levam a algumas histórias, a voltarmos no tempo e isso é muito interessante”, diz Beth.

Quanto ao bordado, a escritora diz que este é um projeto feito pelo Grupo Teia de Aranha, no qual também faz parte. O trabalho é levado para as bibliotecas e escolas. “O bordado puxa um fio que é um fio de memória que você concretiza imagens. Quando perguntam minha profissão, eu digo primeiro que sou bordadeira, e depois digo a minha formação estudantil”, declarou em meio a risos.

O PROGRAMA – Esta é a segunda vez que Beth Ziani participa do Viagem Literária. “Estou muito feliz por estar novamente fazendo parte deste programa. Já estive no interior e gostei muito. Esta é uma maneira de divulgar os escritores. Para o público, é uma comunicação direta com o autor”, completa.

Fonte: Prefeitura Municipal de Itanhaém/Departamento de Comunicação Social

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